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domingo, 5 de outubro de 2008

como anda o mundo do rap

Que os Estados Unidos é o país que mais produz e exporta Rap no mundo não é nenhuma novidade. Também não causa surpresa saber que o Brasil tem uma cena Hip Hop muito forte e que esse estilo musical tem se tornado cada vez mais popular por aqui.
O que pouca gente sabe é que o movimento Hip Hop, que é formado pela união do Rap, do break e do grafite, tem muitos representantes espalhados pelos quatro cantos do mundo, dos países latinos aos orientais, passando pela Europa e pela África. Em alguns locais, inclusive, sua atuação é bastante expressiva.
Em cada região o Rap adquire algumas características bem particulares, mas nunca esconde a influência americana. “Em qualquer lugar existem todas as vertentes do estilo. Não dá para generalizar”, afirma Freitas, responsável pelo conteúdo do site Real Hip Hop.
Em todos os países existem seguidores tanto do Rap “Gangsta”, que é aquele mais “pop” e que fala muito de mulher, gangues, sexo e dinheiro, representado por Snoop Dogg e 50 Cent, quanto do Rap de conteúdo mais social e político, como o do Public Enemy, ou do Rap da “Old School”, que é aquele feito pelo pessoal que procura manter as raízes do estilo, como o KRS-One.
Apesar dos EUA ditarem as tendências, a realidade e as condições econômicas do país definem qual será o tipo de Rap predominante. “Nos países mais ricos, a maioria dos rappers acabam criticando mais a política e as músicas são mais poéticas. Nos subdesenvolvidos, a crítica é bem mais social”, diz André Simões, do site Mundo da Rua, voltado para o Hip Hop.
EuropaNa Europa, muitos países têm grande produção de Rap, como Itália, Portugal, Espanha e França. “Nesses lugares, os rappers são um pouco mais livres dos problemas econômicos e sociais. A pobreza lá não é tão agressiva e impulsionadora das letras quanto aqui”, garante Janaína Rocha, autora do livro “Hip Hop: A Periferia Grita” (Fundação Perseu Abramo).
A França é considerada a segunda maior pátria da cultura Hip Hop, ficando atrás somente dos Estados Unidos. “O que impulsiona o Rap francês é o mercado interno, que é muito grande, mas ele não tem a abrangência mundial que tem o estadunidense”, afirma Gil, coordenador do site Bocada Forte, também especializado em Hip Hop.
As principais características do Rap francês são a incorporação de ritmos europeus e as músicas mais trabalhadas, que normalmente tratam de questões ligadas aos imigrantes, como origem racial e étnica. Existem alguns grupos bem críticos por lá, como o Assassin, que já fez shows no Brasil, o NTM e o IAM, mas o mais conhecido rapper da França é MC Solaar, um senegalês que faz um Rap um pouco mais “pop” e utiliza rimas mais leves.
OrienteOutro país com uma cena Hip Hop muito forte é o Japão. Por mais que pareça estranho imaginar um Rap cantado em japonês, a cultura oriental não conseguiu inovar muito o estilo. “Eles imitam muito o que é feito nos Estados Unidos e muitos chegam a misturar os idiomas inglês e japonês nas músicas”, explica Gil, do Bocada Forte.
O Japão disputa a terceira colocação com o Brasil no número de adeptos do estilo musical. Existem, inclusive, muitos brasileiros fazendo Rap do outro lado do mundo, entre eles, o MC Mine, que costuma organizar eventos de Hip Hop brazuca em algumas cidades japonesas.
Mas uma característica que marca o Rap nipônico é a ausência de conteúdo social ou político mais profundo. Os rappers não representam necessariamente a classe menos favorecida e falam mais de preconceito e temas ligados ao comportamento da juventude, como drogas e sexo.
América LatinaA América Latina também tem se mostrado um grande celeiro de representantes do Hip Hop, principalmente México e Cuba. Nesses lugares, muitos ritmos regionais estão sendo incorporados à batida criada pelos americanos. “O estilo latino tem sido chamado de ‘novo Rap’ e tem uma temática bem social”, explica a jornalista Janaína Rocha.
O Rap cubano era desconhecido até que o grupo Orishas, formado por exilados que vivem em Paris, aparecesse no mercado fonográfico despertando interesse mundial. Em Cuba, o movimento ganhou uma proporção tão grande que o presidente Fidel Castro criou uma agência oficial de Rap, ligado ao Ministério da Cultura, e um festival anual de Hip Hop, que reúne muitos grupos locais.
ÁfricaPouca gente sabe, mas existe gente fazendo Rap até na África. Angola, África do Sul e Moçambique são alguns exemplos. Pouca coisa feita nesses países chega por aqui, mas o estilo africano é bem parecido com o brasileiro no que diz respeito às letras. “A maior parte das poesias é bastante baseada na crítica ao sistema e à pobreza, que é crônica por lá”, garante André Simões, do site Mundo da Rua.
Na verdade, o movimento Hip Hop tem crescido muito no mundo. Apesar dos americanos ainda ditarem as tendências, o Rap ganha novas influências em cada lugar em que ele chega, mas nunca abandona sua principal característica: refletir a realidade.
Sites citados na matéria:
Real Hip Hop: http://www.realhiphop.com.br/Bocada Forte: http://www.bocadaforte.com.br/ Mundo da Rua: http://www.mundodarua.com.br/

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